Tudo o que você precisa saber para conquistar de vez a Geração Z

Como você faz as suas compras nas plataformas on-line? Com certeza, essa resposta vai depender da sua idade. Os comportamentos de consumo vão mudando ao longo do tempo e cada geração se molda de acordo com as facilidades oferecidas pelo mercado.

A Geração Z, nascida entre 1995 e 2010, é considerada nativa digital e utiliza as redes sociais como ferramenta de decisão de compra. Além de se mostrarem preocupados com a segurança financeira, esses jovens exigem produtos que correspondam aos seus valores, muito ligados às preferências sociais e ambientais.

O relatório “Geração Z: moldando o futuro das tendências de consumo” (Generation Z: Shaping the Future of Consumer Trends), da Oliver Wyman, indicou que a Geração Z é a primeira geração a ter crescido inteiramente na era digital e passa cerca de dez horas por dia interagindo com conteúdos on-line, com uma média de cinco contas em diferentes redes sociais. Essas plataformas se tornaram ferramentas para descobrir novos produtos, procurar recomendações e interagir com as marcas. 

Esse novo perfil dos consumidores é praticamente unânime quando se trata de compras pelas redes sociais, já que, de acordo com o relatório, 73% desses jovens já efetuaram pelo menos uma compra com base em algo que viram nesses canais. A jornada de compra já não se limita à loja física e à aquisição de produtos, mesmo que essas opções ainda estejam em jogo. 

A diferença é que agora esse público busca ativamente por experiências personalizadas, imersivas e interativas, tanto presenciais como no ambiente on-line. O relatório aponta que cerca de 85% dos consumidores da Geração Z preferem gastar o seu dinheiro em experiências do que em bens materiais, e 64% compram serviços personalizados por meio dos seus smartphones.

Por onde andam (ou navegam) os consumidores da Gen Z?

De acordo com dados compartilhados pelo Google em 2022, praticamente 40% dos jovens recorrem ao TikTok ou ao Instagram ao invés do Google Maps ou da busca pelo Search quando querem encontrar um restaurante para almoçar, por exemplo.

Esse estilo aberto de navegação é um produto do TikTok e a principal razão desse app ser tão popular. Os jovens de 16 a 24 anos foram os primeiros usuários do aplicativo, conhecido por seu algoritmo altamente personalizado e visuais emocionantes, tornando a experiência da plataforma um diferencial competitivo.

Os resultados visuais gerados por canais como o TikTok e o Instagram são mais persuasivos porque mostram pessoas reais e suas opiniões, uma qualidade poderosa que está mudando o mundo do e-commerce.

Embora a Geração Z seja mais propensa a comprar on-line do que os baby boomers (nascidos entre 1945 e 1964), uma pesquisa de 2023 da GWI Global demonstrou que é menos provável que esses jovens descrevam a compra como um dos principais benefícios da internet. Para eles, a comunidade e os interesses valem muito mais (23% vs 10%). Em resumo, o público mais novo inicia sua busca a partir da curiosidade e espera ser conduzido por um divertido emaranhado de novas ideias em vez de ser direcionado a uma lista de marcas ou produtos.

Como o seu negócio pode ser visto — e amado — pelo público mais jovem?

Cada vez mais, as decisões de compra são movidas por tendências, e as marcas precisam acompanhar o que é culturalmente relevante para seu público.

Em setores como o da moda, os consumidores podem se sentir menos confortáveis por não poderem experimentar as roupas antes de comprar, mesmo com avaliações detalhadas dos produtos. É aí que entra a importância do conteúdo gerado pelos usuários, ou user generated content. 

Além de trazer o elemento social da loja para as compras on-line, os usuários estão impulsionando o comércio eletrônico por meio da descoberta, e isso significa que as compras feitas pela navegação nas redes sociais são mais espontâneas do que antes. Ter os consumidores lado a lado nessa criação de conteúdo é uma ótima carta na manga. 

Os dados da GWI demonstram que 41% da Geração Z e da geração Y (1980 a 1995) fazem compras online por impulso a cada duas ou três semanas, aumentando para 48% entre os usuários diários do TikTok. Para contextualizar, essa porcentagem cai para 10% entre os baby boomers.

A pesquisa também elenca os principais motivos dessa ação impulsiva por parte dos jovens, estimuladas principalmente pela vantagem de bons preços e negociações (43%) e a sensação de se recompensar (39%). Ou seja, cerca de dois em cada cinco consumidores mais jovens fazem compras regulares por impulso. É por isso que a sua marca precisa estar presente em todos os canais digitais e oferecer diferentes formas de jornada de compra. 

Desafios e possibilidades para as empresas criarem uma conexão real

Em primeiro lugar, é essencial que as marcas reestruturem a sua oferta de produtos. Não importa o segmento, as empresas precisam atender às necessidades específicas da Geração Z, por exemplo, oferecendo interfaces digitais de fácil utilização com funcionalidades inovadoras. 

Outra recomendação crucial é ter uma forte presença nas redes sociais, já que elas representam uma oportunidade massiva de vendas, principalmente nas compras geradas por impulso. Por isso, comportar-se de forma autêntica nas plataformas digitais, onde a grande parte da Geração Z se reúne e cria tendências, é muito decisivo para uma comunicação e um envolvimento eficazes.

A ênfase na confiança é vital se o seu negócio busca criar um laço significativo com esse público, a partir de conteúdos que são verdadeiros, fáceis de entender e associados às famosas trends do momento. 

Por último, é imprescindível abraçar a diversidade e os conceitos ligados ao cuidado com o meio ambiente, ouvindo as diferentes preferências e opiniões de cada tipo de consumidor. A Geração Z é heterogênea, com diferentes desejos, necessidades e crenças. Identificar, compreender e satisfazer essas preferências variadas será fundamental para conquistar uma das gerações que está moldando o futuro.

Bora performar? Fale com a Senso e descubra como impulsionar as suas vendas a partir de estratégias digitais voltadas para o seu público-alvo. 

Por Giulia Maia


e-commerce ou m-commerce. Como o digital pode ajudar a rentabilizar o seu negócio?

Uma das grandes mudanças neste período pós-pandemia, é o aumento da relevância do comércio eletrônico, o famoso e-commerce. Em um painel da NRF 2022, maior evento de varejo do mundo, foi observado que as pessoas pararam de abordar o tema “home office” como um grande fenômeno, porque é uma mudança que já foi incorporada no comportamento do profissional. Uma pesquisa feita pelo instituto WD Partners dos EUA, apresentada neste mesmo evento em Janeiro deste ano, mostrou que 60% das pessoas querem trabalhar em casa 50% do tempo. Do restante, 40% trabalharia pelo menos 25% do tempo em casa. Vale observar que 0% das pessoas disseram que voltariam para o escritório 100% do tempo. Esse “novo” comportamento terá impactos de longo alcance no mercado. Vale questionar: será que o mercado está preparado para isso, mesmo após um período de tantas mudanças na forma de agir e consumir? Segundo a mesma pesquisa, o e-commerce é o método de compra preferido por 68% dos respondentes, sendo que em 2020 era 52% e 30% em 2019.

Dados da Agência Brasil de 2020 mostram que 152 milhões de pessoas têm acesso à internet e esse número deve ter crescido ainda mais após o período de pandemia, considerando que algumas famílias precisaram de internet para que seus filhos/filhas pudessem estudar. As residências da classe C com acesso à internet passaram de 80% para 91% em um ano (link agência brasil). Já os usuários das classes D e E com internet em casa saltaram de 50% para 64% na pandemia. E detalhe: destes (classe D e E) 90% se conectam à rede exclusivamente pelo celular, o que mostra o tamanho da oportunidade que o mercado brasileiro tem. Ainda não é tão grande quanto a China, mas muito maior do que diversos países do Ocidente.

Dados do mercado americano mostraram que 40% dos usuários mudam para o concorrente após uma experiência ruim de compra no mobile, e que 84% tiveram dificuldade em concluir uma transação. Diante deste cenário, fica claro que, mais que oportunidades, existe a necessidade de estar presente no mobile, com um e-commerce, canal de vendas ou serviço que funcione e que seja fácil de usar.
Essa é uma das razões pelas quais a Amazon cresceu de forma exponencial. Ainda em 2019 – 2020 a empresa se concentrou em facilitar a experiência de compra, melhorando a forma de pagamento e a pesquisa de produtos com inteligência de dados, identificando o perfil de cada usuário. Para se ter uma ideia, houve uma alta de 48,8% no segundo trimestre de 2021 com um aumento de 27,2% na receita líquida.

O importante é não resistir às mudanças e sim manter conversas colaborativas com seus times e equipes diversas para criar processos e testar em escalas menores antes de oferecer ao mercado. E aí surge uma dúvida: como saber qual o canal preferido do seu consumidor atual ou do seu prospect? Partimos sempre de uma análise da jornada para entender qual é o momento da tomada de decisão. A partir desse entendimento, definir os canais que fazem mais sentido para que a marca esteja presente. E pode ter certeza, cada vez menos será apenas um canal.

Um exemplo de teste que as marcas podem fazer foi feito pelo Outback. Como resultado das mudanças de comportamento, o APP Ifood passou a ser responsável por boa parte das suas vendas. Porém a margem da receita da compra cai significativamente, considerando que em média 23% do valor fica para o aplicativo, até porque as entregas são feitas pelo motorista do Ifood. Diante disso eles resolveram testar uma a ação “Peça pelo APP e retire na loja” com campanhas de remarketing nos canais digitais. Desta forma eles puderam melhorar a receita das lojas. Um exemplo de teste de baixa complexidade, que vai melhorar a lucratividade dos lojistas. Com certeza, vale o testar! Portanto, a dica é: “quem escolhe o canal é o cliente” e cada estímulo deve ser validado, seja pela quantidade de pedidos por loja, seja pelo número de pedidos no seu e-commerce ou m-commerce, ou ainda pelo aumento do ROI. E esse acompanhamento próximo e em tempo real é o que fazemos na Senso com análises de performance. O importante é testar rápido, para mudar e melhorar rápido. São parcerias assim que buscamos conquistar.


E o metaverso? Essa palavra causa algum incômodo em você?

Quando você pensa em metaverso, o que vem a sua cabeça? Caso não venha nada conclusivo, não se preocupe, porque para 69% dos norte-americanos adultos, principalmente na faixa entre 45 a 64 anos, o metaverso ainda é uma grande incógnita. Segundo uma pesquisa da YouGov e TheDrum, essa palavra faz sentido para apenas 31% das pessoas. Recentemente, uma das empresas que retomou este assunto com força total foi o Facebook que, inclusive, mudou a sua marca para Meta. Esse movimento, segundo Cassandra Napoli da WGSN Insight, foi a solução encontrada para retomar a atenção da Geração Z, considerando que 92% dos adolescentes estavam no Facebook em 2012 e esse índice caiu para 27% em 2021.

Estima-se que até 2024 a empresa terá um faturamento acima de 800Bi segundo a Bloomberg Intelligence. Considerando que em 2 anos teremos uma presença forte do metaverso, já é possível acompanhar o movimento de várias marcas, entre elas, a NIKE com a Nikeland on Roblox e a Procter and Gamble com a Espera da Beleza. A Nike oferece uma experiência para seus fãs, que podem conectar, jogar, brincar, criar avatares e ter uma rica experiência 3D. E, claro, vão encontrar produtos especiais da Nike, para usar durante a jornada. Já a P&G, também traz uma experiência 3D mostrando inovação e “beleza responsável” de uma forma mais próxima e atrativa para seus consumidores, através de um “storytelling” virtual. Tem gente na Coreia do Sul pensando até em escritórios virtuais, nos quais os funcionários seriam avatares. Imagina se vira moda? E é bem provável que isso venha a acontecer.

Podemos dizer que a geração Alfa, nascidos entre 2011 e 2025, já devem considerar o universo metaverso uma “realidade”. Então, a dica é: vamos começar a pensar como serão nossos avatares e considerar também novas frentes do uso da tecnologia a favor da sua marca, como AI, Jogos, novas formas de pagamento e NFTs (tokens não fungíveis). Parafraseando a senior Strategy da WGSN Insight, Cassandra Napoli em uma palestra recente em NYC, “As marcas devem começar a entender os espaços virtuais imersivos e planejar sua estratégia de metaverso corporativo ou correm o risco de ficar para trás”. Bora?