O WebSummit deste ano deu palco não apenas para o metaverso, mas para diversos temas como a relevância das comunidades e a corrida pela exploração espacial. A tecnologia e a inovação, temas centrais deste evento, atraíram 160 países e 71.033 pessoas para Lisboa – Portugal, mostrando o interesse na busca de informação para tentar entender as mudanças que estão acontecendo, em uma velocidade muito maior do que o 2X do áudio do nosso WhatsApp.

A presença de 2.226 Startups mostrou a quantidade de pessoas que estão colocando as suas ideias à prova, transformando-as em negócios que possam resolver novos, ou mesmo antigos, problemas, de forma inovadora e no momento certo. Segundo o ministro da transformação digital da Ucrânia, essa é a guerra mais avançada tecnologicamente da história da humanidade, não apenas pelos drones, mas por diversas ferramentas como reconhecimento facial e outras soluções que já estão em uso, e outras que ainda devem ser utilizadas rapidamente. Ele aproveitou a sua fala para estimular os presentes a enviarem projetos que fossem testados e que pudessem ajudar de alguma forma a proteger pessoas.

Outro ponto bastante abordado foi a prática de fazer mais com menos, não apenas sob o ponto de vista dos resultados em performance de vendas ou em números de ROI, mas também na redução de carbono emitido anualmente, para que o planeta não entre em um colapso climático. Reduzir a emissão de 51Bi de toneladas de carbono para 12 ou 10Bi será o desafio mais importante que a humanidade já enfrentou, segundo o presidente da Microsoft, Brad Smith. O evento colocou empresas e profissionais para debater sobre o papel de cada um nessa construção de futuro. O executivo da Shein, famosa por lançar roupas em tempo recorde, afirmou usar dados para reduzir o desperdício em sua cadeia produtiva em até 2%. Só não comentou quanto tempo isso vai demorar para acontecer, já que o mundo tem urgência nessa questão. 

O empoderamento dos usuários fica cada vez mais evidente e o que deve evoluir é o futuro das comunidades a partir de diferentes formatos de monetização. NFTs, blockchain e criptomoedas devem explorar ainda mais esses grupos para conseguirem crescer, até que uma delas se torne suficientemente acessível e atraente para o maior número possível de investidores. 

A Apple destacou a contribuição que os wearables como o Apple Watch podem dar para a medicina moderna, alertando os usuários sobre quando devem procurar um médico, evitando chegar a um momento crítico para a saúde. Mas, antes disso, ainda existem desafios mais básicos sobre como manter a ética na privacidade dos dados.

Destaque para a fala da chefe global de Produto e Marketing da Lego, Julia Goldin, que discorreu sobre a construção da Web3 e do metaverso que, segundo ela, precisa considerar o comportamento das crianças. A questão das soluções integradas ao desenvolvimento, mas preocupadas com o impacto social, permeou grande parte das conversas dos grandes líderes globais, uma vez que é necessário barrar o mau uso das soluções, assunto que não pode ser ignorado pelas empresas de tecnologia, conforme disse a primeira-dama da Ucrânia. 

Ainda sobre metaverso, ocorreram várias tentativas de materializar ou mostrar para que serve. Deverá ser algo entre a tela do celular e o mundo real, e trazer experiências que vão além dos games e reuniões com avatares. 

Enfim, o futuro está claramente em TBD (“to be defined”).